segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O novo e o velho

O futuro bateu a porta e chegou de repente, bruscamente e, abala, atropela, assim como um rolo compressor de proporções gigantescas e velocidade aumentada potencialmente.

Nem sempre as pessoas são dotadas de sentimentos. Cegamente, utilizam-se de emoções e imediatismo, assim, tomam uma direção considerando sua emoção como a razão de existir. 

Pessoas não são mais pessoas, são números ou peças, às vezes recondicionadas substituíveis, verdadeiras engrenagens instaladas para fazer girar ainda mais rápido, desapegando vínculos desesperadamente.

Mas há o momento quando se descobre que já não há mais tempo para prevenção. Planejar? Para quê? O futuro já chegou ele está no presente, ou seja, é agora. 
Nesse instante de profunda reflexão, percebe-se que tudo já faz parte do passado. É assustador.

A sucumbência transforma pessoas descartáveis em montes de lixo que contamina ambiente e desagrada o convívio social. Tudo isso é novo, não se via há bem pouco tempo. É o futuro que já chegou, pois o novo de ontem já é o velho de hoje. Descartável.E amanhã? Amanhã será outro dia, talvez mais perverso ainda.

Apesar disso, a vida é boa e a vida continua firme e forte, pois nada pode parar.

Pelo contrário, a cada dia nos convencemos que o ser humano não nasceu para viver apenas de sentimentos inertes.
O próprio homem é um ser dinâmico, por isso não está limitado a um ponto fixo. Vamos todos avante, até onde for possível. "O tempo não para no porto, não apita na curva e não espera por ninguém".

Jorge Oliveira

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